A Casa da Cultura e sua contribuição para as artes em Ipiaú



Por: José Américo Castro

Na década de  1980  surgiu um movimento  da juventude que resultou   na formação da Casa da Cultura de Ipiaú (CACUIP). Com seu principal foco voltado para as artes cênicas, o grupo fundador da instituição  encarava todos os gêneros: drama, tragédia, comédia, musicais e dança.


Na linha de frente estavam Jorge Binho, ator e diretor de muito talento, Joelson Holhenwerger, Paulinho Babosa, Alvino Santiago, Mel Jaqueira, Marcelo Costa, Paulo Cesar Andrade (Caco), Mayalu Andrade, Jorginho Costa e Lurdinha Bezerra. A maior parte dessa galera residia na Rua Borges de Barros.  A CACUIP atuava nos principais palcos da cidade, inclusive no Cine Teatro Éden.



Durante as  comemorações da Festa do Cinquentenário de Ipiaú  essa turma recebeu a adesão dos médicos Manoel Cândido, Socorro ChamelMárcia Demirsky, além  de Zito Rocha, Zilma Holhenwerger, Carlos Alberto e Silva, Eulina Souza, Lena Jardim, Lurdinha da Silva e Mônica Correia para montar espetáculos que ficaram definitivamente marcados na historia local. Foram peças adaptadas dos livros de Euclides Neto.

Nesse espírito de coletividade, resgatando as tradições culturais da cidade, a Casa  da Cultura adotou a pratica pedagógica, repassando ensinamentos , formando multiplicadores. Promoveu cursos com  técnicos da Fundação Cultural do Estado da Bahia (FUNCEB), oficinas, shows, palestras, lançamentos literários, exposições e mobilizações em prol da cultura.


Com principal foco no teatro  o grupo  CACUIP continuou sua trajetória encenando as peças “Cama Desfeita”, de Jorge Barreto, com Paulinho Barbosa e Jorge Binho; “Bailei na Curva”, dirigida por Jorge Binho com a coreografia de Mel Jaqueira e um elenco que reuniu: Paulinho Barbosa, Marcone Vieira, Indiara Castro, Adriana Rangel e Ivana Santana, dentre outros artistas.

A Casa da Cultura também investiu no teatro infantil com as peças “Cancões de Todas as Crianças”, protagonizada pelo médico Manoel Cândido,  e “O Rapto das Cebolinhas”, dirigida por Paulinho Barbosa. No elenco da primeira estavam Alessandra Santana, Fernanda Souza, Adiza, Taric, Téssia Diana  Fernandes,. Já no elenco do Rapto  destacavam-se, Dr. Manoel Cândido e a professora Zilma Holhenwerger.

                                           ESPAÇO NA SETE DE SETEMBRO

No final dos anos 90 , a CACUIP conseguiu, sob empréstimo, um galpão na Rua Sete de Setembro para instalar o seu espaço artístico-cultural. A Prefeitura assegurou  a manutenção do local com recursos financeiros , a fim de que a população tivesse acesso à cultura.


Dentre as atividades no espaço  destacou-se o  projeto “Reciquadrilha”, da professora  Tereza Oliveira, que entraria na barca dos 500 Anos do Descobrimento do  Brasil. Com  um figurino de material reciclado, o projeto  mostrou a multiplicidade cultural do país: índios, piratas, árabes, europeus, americanos, protestantes, católicos, orixás,todos dançando ao ritmo da sanfona e uma festa junina.

Outras atividades realizadas nesse período  foram o “Curso de Papel Reciclado e Produção de Objetos, por  Alexandra Merti, e uma exposição de Artes Plásticas. Quando a galera resolveu promover apresentações de bandas musicais, principalmente aquelas especializadas em rock in roll, a vizinhança reclamou e o proprietário do galpão desfez o contrato com a Prefeitura. Foi o fim de uma temporada de efervescência na cultura ipiauense.

A Casa da Cultura  em sua versão original marcou época. Agora um grupo liderado pelo ator Ivan Santos Silva vem buscando reativá-la.

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